Com a criação definitiva do CIC e a aproximação do início da instrução, levantavam-se inúmeras dificuldades em termos de material de apoio. O CIC não estava preparado para assegurar com normalidade o desenvolvimento da instrução, umas vezes por inexistência de material necessário, outras por falta atempada dos orgãos próprios que o deveriam assegurar. Já em Dezembro de 1963 o Major Correia Dinis tinha levado junto aos COMCHEFE e QG/CTIG, as necessidades específicas em Fichas de Instrução e Livros e Regulamentos Militares de apoio à instrução de um Cursos de Comandos, fruto do conhecimento e experiência adquiridos em ANGOLA. Sobre as primeiras foram solicitadas entre outras:
-- Fichas de Educação Física
-- Fichas de Aplicação Militar
-- Armamento e Equipamento
-- Higiéne e Primeiros Socorros
-- Ordem Unida
-- Instrução de Combate
-- Transmissões
-- Organização do Terreno
-- Minas e Armadilhas
Sobre os segundos foram requisitadas publicações sobre:
-- Armamento
-- Minas Terretres
-- Noções de Higiéne Tropical
-- Noções sobre Maqueiros
-- Equipamento indivíual de Primeiros Socorros
-- Instruções para o Combate de Infantaria
-- Noções sobre Patrulhas
-- Noções sobre Armas Pesadas
-- Noções sobre Sobrevivência e material didático
-- Noções sobre Prisioneiros de Guerra
-- Instruções de Sapadores de Armas
-- Regulamentos de Campanha
Houve duas áreas de instrução em que a aquisição dos meios necessários se tornou mais problemática; referimo-nos à mentalização para o que era preciso garantir a instalação sonora, gravadores, cassetes e megafones e a área dos meios de transporte que requeria o emprego de jeeps, unimogs, e viaturas pesadas (GMC) que, não estando dispuníveis, se se tornava necessário garantir noutras Unidades em tempo oportuno, o que nem sempre se conseguia e obrigava a ajustamentos de última horados Programas/Horários de Instrução (o velho desenrasca à Portuguesa).
Em Junho de 1964, fruto do trabalho empenhado e persistente do Major Correia Dinis em coordenação com o COMCHEFE e o EM do CTIG e o apoio directo e imediato do BCaç 512, aquartelado em Brá, tinha sido já concentrado no Centro muito material necessário à instrução de combate como:
-- Silhuetas
-- Bandeirolas
-- Estacas
-- Cavaletes
-- Metralhadoras preparadas para o tiro simulado(Madsen)
-- Granadas de mão inertes
-- Bússolas
-- Jogos de ferramenta portátil individual
Na área de explosivos, minas e armadilhas foi assegurado algum material essencial como alicates estranguladores, explosor, galvanómetro, arame farpado capacetes, cordão detonante, detonadores, petrardos, TNT e minas.
Algumas das dificuldades foram ultrapassadas pelo aproveitamento de materal capturado ao IN de que se destacam granadas de mão ofencivas e defensivas, minas A/C e A/P, 2 PPSH c/carregadores, 1 espingarda MOSIN c/munições, 1 pistola metralhadora USI e muitas munições.
Assim, foi ultrapssado o primeiro embate com a realidade portuguesa o celebérrimo desenrascans
{Este texto foi praticamente retirado do Livro" RESENHA H.ouM. das C. de ÁFRICA(61/74)}