ENCONTRO NACIONAL DOS COMANDOS DA GUINÉ – 1964 / 66

COMANDOS GUINÉ - 45 ANOS DEPOIS


ALMOÇO DE CONFATERNIZAÇÃO EM 19/06/2011


CAMARADAS, VAMOS FECHAR AS COMEMORAÇÕES DO NOSSO REGRESSO DA GUINÉ, FAZ ESTE ANO 45 ANOS, PARA OS ÚLTIMOS QUE DE LÁ VIERAM.

PERGUNTARAM ALGUNS DE VÓS, MAS TANTO TEMPO A COMUMERORAR?

É VERDADE, DESDE 2010 a 2011, EM QUE SE COMEMORAM OS NOSSOS REGRESSOS À 45 ANOS.

VAMOS POIS JUNTARMO-NOS NOVAMENTE NUM ALMOÇO-CONVÍVIO EM TORRES VEDRAS.

LOCAL E DATA:

"RESTAURANTE "OS SEVERIANOS"

A

19 DE JUNHO DE 2011

PELAS

11:30 HORAS

TRAZEI A FAMÍLIA





IDES RECEBER TODAS AS INDICAÇÕES ATRAVÉS DE CARTA QUE VOS SERÁ ENVIADA PELO CORREIO.

PARA MIM, PARA TI OU PARA ALGUM DE NÓS PODE SER A ÚLTIMA OPORTUNIDADE PARA ESTARMOS JUNTOS. POR ISSO VEM PASSAR UMAS HORAS DE SÃO E SALUTAR CONVÍVIO CONNOSCO.


ESTE ANO VAMOS TENTAR LEMBRAR OS NOSSOS ANTIGOS HERÓIS QUE AS CHEFIAS MILITARES TÃO COBARDEMENTE ABANDONARAM À SUA SORTE, E QUE OS NOSSOS GOVERNANTES NADA FIZERAM PARA MINORAR TUDO PORQUE PASSARAM. POIS, FORAM ESTES BRAVOS DO PELOTÃO QUE DEFENDERAM OS SEUS INTERESSES.

VAMOS TAMBÉM LEMBRAR OS NOSSOS SOLDADOS NATURAIS DA GUINÉ, QUE AO NOSSO LADO LUTARAM E QUE TÃO COBARDEMENTE FORAM ABANDONADOS NA HORA DA DESPEDIDA PELAS CHEFIAS MILITARES.

POR TUDO ISTO VINDE À NOSSA CONCENTRAÇÃO EM TORRES VEDRAS - RESTAURANTE "OS SEVERIANOS" .

" QUERER É PODER "

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HINO DOS COMANDOS

quarta-feira, 31 de março de 2010

G.C.G. - A0010: HISTÓRIA DA FORMAÇÃO DOS COMANDOS DA GUINÉ, Sua Organização e Organização dos GRUPOS

-- ORGANIZAÇÃO:


Na sua primeira face, os COMANDOS organizaram-se em Grupos Independentes a partir de voluntários dos Batalhões de Caçadores, constituindo as suas unidades de intervensão.

O sucesso destes GRUPOS fez com que rapidamente passassem a ser utilizadas à ORDEM DOS COMANDOS-CHEFES e COMANDOS MILITARES para a realização e OPERAÇÕES ESPECIAIS.

-- ORGANIZAÇÃO DOS GRUPOS (tipo ):

-- Uma Equipa de Comando ( um Oficial, um radiotelegrafista, um Auxiliar de Enfermeiro- Socorrista, dois atiradores).
-- Três Equipas de Manobra ( um sargento, quatro atiradores).
-- Uma Equipa de Apoio ( um sargento, um apontador de lança-chamas, um municiador, dois atiradores).

Esta organização de um GRUPO a cinco equipas e cada equipa a cinco elementos sofreu adaptações; mas a célula-base, a equipa de cinco elementos, manteve-se durante toda a guerra. Grupos Independentes de Comandos foram organizados e combateram em Angola e na Guiné, adoptando nomes de código:

--- " FANTASMAS"- Alferes Abreu Cardoso
--- "VAMPIROS" - Alferes Lousada
--- "AÇO" - Sargento Inácio Maria
--- "PEDRA" - Alferes César Rodrigues, e tantos outros.

Contudo, o evoluir da Guerra revelou a necessidade de maiores efectivos e de Unidades Autónomas, com capacidade para operar durante períodos mais longos e de se auto-sustentarem, razão que levaram à constituição das COMPANHIAS DE COMANDOS.

A primeira foi formada em ANGOLA e a sua instrução teve início em Setembro de 1964
O seu Comandante, o Capitão ALBUQUERQUE GONÇALVES, recebeu o GUIÃO da UNIDADE em 5 de Fevereiro de 1965.

A 2ª COMPANHIA teve como destino MOÇAMBIQUE, comandada pelo Capitão JAIME NEVES.

Iniciava-se, assim, o processo que levou à FORMAÇÃO das seguintes Unidades: 23 Companhias, que combateram em ANGOLA; 26 Companhias, que combateram em MOÇAMBIQUE, das quais nove constituidas localmente; 12 Companhias, que combateram na GUINÉ, das quais 3 AFRICANAS constituidas em permanência.

A organização e os principios organizativos dos "COMANDOS" Portugueses, inspirados na Legião Estrangeira Francesa e nos Pára-Comandos Belgas, fundamentam-se em grande mobilidade e criatividade e em Técnicas de Combate para a CONTRAGUERRILHA, muito bem definidas e capazes de suportar a inovação permanente.

A composição e a organização das Companhias de Comandos foram sempre adaptadas às circunstâncias e às situações, embora ao longo da guerra seja possível verificar dois modelos principais, que deram origem ao que se pode designar por COMPANHIAS LIGEIRAS e COMPANHIAS PESADAS.

As primeiras eram constituidas por quatro "QUATRO GRUPO DE COMANDOS", cada um com quatro subgrupos, com um efectivo de combatentes de 80 Homens e reduzida componente de apoio de Serviços.

Estas Companhias dispunham de pequena capacidade para se manter, de forma autónoma, durante longos períodos de tempo, pois destinavam-se a servir de reforço temporário a Unidades em quadricula, como forças de intervenção, e receberiam dessas Unidades os apoios necessários.

Nestas Companhias privilegiava-se a mobilidade e a flexidade de utilização, inicialmente empregues na GUINÉ e em MOÇAMBIQUE.

As Companhias Pesadas tinham cinco "Grupo de Comandos" a cinco Equipas, num total de 125 Combatentes, aos quais se juntava uma Formação de Pessoal de Serviços de cerca de 80 efectivos, com Médico, Pessoal de Comunicações, Transportes, Alimentação e Enfermagem.

Outro Tipo de Organização foi ainda adaptado para as COMPANHIAS DE COMANDOS AFRICANOS, constituidas na GUINÉ e dotadas de Militares Metropolitanos à medida das necessidades, um pouco à semelhança do que as FORÇAS ESPECIAIS AMERICANAS faziam no Vietname com os ADVISERS.

O evoluir da Guerra, a necessidade que passou a existir de combater em Unidades de elevados efectivos na Guiné e em MOÇAMBIQUE e de, por vezes em simultâneo, realizar Acções Especiais e Irregulares, levou a que se criassem Batalhões de Comandos naqueles dois Teatros de Operações.

Esta função de UNIDADE-MÃE foi, em ANGOLA e desde a sua fundação, desempenhada pelo Centro de Instrução de Comandos, que precisou também de se adaptar, separando a Actividade de Instrução e reunindo as Unidades Operacionais num Aquartelamento no Campo Militar da GRAFANIL, perto de LUANDA, embora sem nunca ter autonomizado por complecto o emprego Operacional sob um comando especifico.

Como grandes Unidades de Comandos foram constituídos o CENTRO DE INSTRUÇÃO DE COMANDOS, de ANGOLA, o Batalhão de Comandos da Guiné e o Batalhão de Comandos de MOÇAMBIQUE.

Além deste CENTRO, que preparou UNIDADES destinadas a ANGOLA e MOÇAMBIQUE, e ainda os "PRIMEIROS COMANDOS DA GUINÉ", também em PORTUGAL foi criado um CENTRO DE COMANDOS no CENTRO DE OPERAÇÕES ESPECIAIS, em LAMEGO, que instruíu UNIDADES mobilizadas para a GUINÉ e MOÇAMBIQUE.

Na sua história, "OS COMANDOS" foram formados em ZEMBA (ANGOLA) a partir de 1962, em QUIBALA (ANGOLA) desde 1963, em NAMAACHA (MOÇAMBIQUE) e em BRÁ (GUINÉ) desde 1964, em LUANDA (ANGOLA) a partir de 1965, em LAMEGO desde 1966 e em MONTEPUEZ (MOÇAMBIQUE) a partir de 1969.